Percorrer um ano letivo é ter o encontro com metas que envolvem transformações, superações e aprendizados que ambas as partes, educadores e educandos, se propõe de maneira consciente e inconsciente, considerando que há uma trama invisível na troca. As distintas faixas etárias que compõe o quadro de uma escola promovem marcos educacionais, tanto no ambiente escolar como para cada um dos presentes, uma vez que a relação ensino-aprendizagem conta com os sujeitos presentes neste ato.

Após um ano de intenso trabalho, demarcar esse período com cada um em seu próprio retiro contribui para uma das premissas da Pedagogia Waldorf: dormir e acordar, inspiração e expiração. O ensino em épocas, um dos nossos diferenciais, assim como a construção diária do saber estruturado nas forças do pensar, sentir e agir, se beneficiam dessa pausa. Nesse momento de contemplação proposto pelo retiro, podemos refletir sobre a palavra com-templar. Estar no templo significa alcançar a breve eternidade, o espaço privilegiado dos deuses, concedendo tempo e amplidão ao Ser.  A vida ganha tempo e espaço, duração e amplidão. Tempo relaciona-se com o sol, com as nossas memórias, recebemos de presente, usamos como queremos e o perdemos sem perceber. Conseguimos nos tornar escravizados dele