Enquanto é celebrada na Europa em novembro, em nosso país é costume celebrarmos a lanterna em meio ao outono ou inverno, quando a natureza está se recolhendo para a estação: dormem os bichos, plantas e animais, e podemos ouvir o silencio nas manhãs frias que nos convida a fazer o movimento de aquietar o pensamento, espelhando o movimento de adormecimento que acontece à nossa volta.
A mudança de estação, quando o sol se põe mais cedo e a noite se torna mais longa, nos convida a fazer esse movimento de olhar para dentro, de serenar, recolher e ir em busca da lembrança da luz que há em mim; um caminho que se faz sozinho e consciente.
O que estamos tentando entender neste momento, a criança pequena simplesmente vive, na natureza e em seu ritmo. Ela caminha pela natureza e seus ritmos dia após dia.
A preparação para essa festa acontece durante muitas semanas: as crianças escutam histórias e cantam canções que falam da luz e brilho nos corações humanos; confeccionam suas lanternas enquanto sentem o cheiro da sopa sendo preparada na cozinha de suas salas de aula.
A festa é um momento em que percebemos que há algo a ser carregado. Há ali uma luz, um calor que carregamos, e que se alguém precisar, posso doar, dividir. De uma maneira simbólica, a criança leva essa imagem para a sua al
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